Escola Estadual João Pessoa Guerra: Escola vivencia dia da consciência negra

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Escola vivencia dia da consciência negra

A Escola João Pessoa Guerra vivenciou no dia 29 de novembro do corrente, o dia da Conciência Negra que teve como tema: Negro, suor e conquista, cuja tematica abordou a cultura africana e povos indigenas, conforme lei nº 10.639 que torna obrigatório o ensino sobre a história e a cultura afeo-brasileira. Foram abordados temas através de palestras, danças, teatro de fantoches, filmes e desfile de moda com as tendências voltadas para o uso de acessórios com plumagem,sementes, penteados e maqyuagem que destacam a pele negra.

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HISTÓRICO

Na história da educação em Igarassu, a Escola João Pessoa Guerra é, sem dúvida, um dos mais importantes e complexos capítulos.

A escola, fruto da fusão de dois educandários, tem sua história iniciada bem antes de 1966, quando é inaugurada.

É importante frisar que, desde sua criação, a Escola é considerada referencial no litoral norte.

Vamos resgatar um pouco da sua longa história: Em 7 de setembro de 1953, um grupo de Igarassuenses fundou a Sociedade Educadora de Igarassu (SEI), que tinha por finalidade preparar a juventude feminina para a nobre missão de ser educadora no lar e na saciedade. Essa instituição era responsável pelo funcionamento da Escola Normal de Igarassu e teve como seu primeiro presidente o então deputado Paulo Pessoa Guerra.

Em 22 de fevereiro de 1954, através do Ato n⁰386, o governador do Estado autoriza o funcionamento da Escola Normal de Igarassu, visto ter atendido às exigências da Lei Orgânica do Ensino Normal, sendo a mesma instalada oficialmente no dia 14 de março de 1954, nas dependências do Convento Franciscano. Seu primeiro diretor foi o Dr. Edgar Homem de Siqueira - Juiz de Direito da Comarca, seguindo-lhe o Dr Epaminondas Carlos de Albuquerque – Juiz de Direito da Comarca, Dr. José Eduardo da Silva Brito e o Professor Walfrêdo Uchôa Cavalcanti.

Em 21 de novembro de 1956, o Dr. José Eduardo da Silva Brito doou à Sociedade Educadora de Igarassu o jornal “A Voz de Igarassu”, com todo o seu acervo. Isto possibilitou a publicação de um jornal chamado “A Tribuna das Normalistas” que, infelizmente, teve curta duração.

No dia 03 de julho de 1961, o Dr. Múcio Bandeira de Melo, prefeito de Igarassu, através da Lei Municipal n⁰200, criou o Ginásio Municipal, nomeando como diretor, o único durante toda a existência do educandário, o professor Clóvis Lacerda Leite.

Tendo em vista a impossibilidade, por parte do município, da manutenção do Ginásio Municipal, o Governo do Estado, tendo a frente o Dr. Paulo Pessoa Guerra, através do Decreto n⁰960, de 02 de junho de 1964, criou o Ginásio Estadual de Igarassu, determinando que o mesmo deveria pautar suas atividades pelo regimento interno do Colégio Estadual de Pernambuco.

Em 1966, a Sociedade Educadora de Igarassu não possui mais condições de manter a Escola Normal e novamente o Governo do Estado, através do Decreto n⁰1.215, de 24 de fevereiro, cria o Colégio Normal de Igarassu, depois Escola Normal Estadual, que organizou suas atividades pelo regimento interno do Instituto de Educação de Pernambuco.

Em agosto de 1966, foi inaugurado o prédio, então um dos mais modernos do Estado de Pernambuco, embora desde o começo do ano, já o Ginásio Estadual e a Escola Normal Estadual ocupassem o prédio, inclusive com diretores diferentes: o Ginásio, Dr. Clóvis Lacerda Leite; a Escola Normal, Dr. Walfrêdo Uchôa Cavalcanti.

A situação só vai ser resolvida através do decreto nº 1.409, de 17 de abril de 1967, que vai fundir, numa única instituição, o Ginásio e a Escola Normal, que passam a denominar-se Colégio Estadual João Pessoa Guerra, sendo seu primeiro diretor o professor Walfrêdo Uchôa Cavalcanti.

O nome da instituição é uma homenagem prestada ao governador Paulo Pessoa Guerra, líder político da região desde meados da década de 40 e uma das principais figuras no desenvolvimento da educação em Igarassu.

Sobre nosso patrono sabemos que nasceu em 09 de dezembro de 1874, no engenho Califórnia, na Comarca de Bom Jardim e faleceu em 10 de novembro de 1944. Era o quarto filho de João Antônio Pessoa Guerra e Joaquina Francisca Gayão Guerra.

Os laços que unem a família Pessoa Guerra a Igarassu remontam ao ano de 1877, quando João Antônio comprou o engenho Cumbe de Cima, na antiga Chã do Estevão - atual Araçoiaba.

Foi nomeado como Major da Guarda Nacional em 02 de setembro de 1903, tomando posse no posto em 1903.

Aos 31 anos de idade, em 1905, casou-se com sua prima, Maria Gayão Pessoa Guerra de quem teve três filhos: Arabela, Aída e Paulo Pessoa Guerra.

Sempre ligado à agricultura, herdou do seu pai o gosto pela terra. Com a morte do mesmo em 1917, passa a administrar os engenhos Babilônia – em Nazaré da Mata e, Cumbe de Cima em Igarassu.

Entre os anos de 1925 e 1928, já no posto de Coronel, ocupou uma cadeira de Conselheiro Municipal em Igarassu.

Em 1931, já viúvo – sua primeira esposa morrera em 1930, casa-se pela segunda vez com Anélia Tavares de Andrade, de que teve mais dois filhos: Leda e João Pessoa Guerra Filho.

Aos 70 anos de idade, em 1944, estava novamente viúvo. Recusando-se a permanecer neste estado, casa-se pela terceira vez com Adalgisa da Mota Silveira.

Na política, herdou também de seu pai a vocação. João Pessoa Guerra foi Conselheiro Municipal em Igarassu no período compreendido entre 1925/28. Logo depois, entre 1928/30 foi subprefeito em Nazaré da Mata, importante cidade da zona da mata norte do Estado de Pernambuco.

Dos 05 filhos de João Pessoa Guerra, apenas Paulo Pessoa Guerra seguiu a carreira política, chegando a ocupar os cargos de Governador do Estado e Senador da República. Um seu neto, filho de Paulo Guerra, o Dr. Joaquim Guerra, foi Prefeito de Igarassu entre 1989/93.

Na década de 70, o educandário recebeu o nome de Escola João Pessoa Guerra, que perdura até a presente data.

A Escola funciona em três turnos, com um total de 2.400 alunos, distribuídos em 46 turmas, nos cursos de Normal Médio, Estudos Gerais, Ensino Fundamental 2 e o Projeto Avançar (Tela Sala).

O Corpo Docente é constituído por 60 professores, dos quais, treze são pós-graduados.

A Banda da Escola, presidida pelo ex-aluno Israel Heleno, foi fundada em 26 de julho de 1991 e homenageia o compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos. Hoje é regida pelo nacionalmente conhecido maestro e professor de música Paulo José Lira.

Possuindo cerca de 80 componentes, todos residentes em Igarassu e com um repertório que vai do clássico ao popular, a Banda já conquistou diversos prêmios, inclusive o de 1º lugar entre as bandas pernambucanas.

Recentemente conquistou o 1º lugar no Concurso de Bandas do Norte Nordeste, realizado em São Luís – MA.

A Escola foi dirigida pelos professores Walfrêdo Uchôa Cavalcanti, Carmem Leitão de Souza, Maria do Socorro de Paiva Correia, José Bento da Silva, Zilma Honorino Machado, José Zito de Albino Pimentel, Izabella Tavares Uchôa, Rejane Dias da Silva, Maria Madalena Ferreira e, atualmente, Jackson Ildefonso.

PROFESSORES EFETIVOS

Ademir Ricardo Tavares

Amilton Francisco Gomes

Anamaria Fraga de Melo

Claudio Avelino da Costa

Davi Chaves Aguiar

Elizenda Caneiro da Cunha

Elida Maria Almeida Queiroz

Erick Bartolomeu Antas Bandeira

Guilherme Jorge Paes Barretto Neto

Helio André de Oliveira

Helmilton José Gonçalves Bezerra

Inaldo Inácio do Espirito Santo

Jailton Lima de Assunção

José Gomes da Silva

Laudicea Maria do Nascimento Santana

Leandro Ferreira da Silva

Maria da Conceição da Cunha Amaral

Maria de Fátima Gomes

Michely Maria Dias Guimarães

Neida Cristina Maria dos Santos

Nhelma Magda Barbalho Santana Barbosa

Paulo André de Assis Sales

Pedro Marcos de Souza

Renata Pereira de Araujo

Ricardo Barbosa de Oliveira

Rosa Maria de Oliveira Cavalcanti

Rosângela Candida Tavares Silva

Sandeji Barbosa de Araujo

Sandra Waleska Coelho Ramalho

Severino Antonio Pinto Junior

Uziel Ferreira dos Santos

Valdenice Albuquerque B. Araujo